30 de Dezembro de 2010

6o. e último dia de pedal

Luminosa – Campista – Campos do Jordão – Piracuama - Pindamonhangaba - Aparecida

Total rodado no dia: 114,42 km
Total acumulado: 538,69 km
Tempo pedalado no dia: 8h23min
Tempo pedalado acumulado: 44h10min
Velocidade Média do dia: 13,6 km/h
Velocidade Máxima do dia: 54,5 km/h

Último dia da viagem.. mas 114 kms ainda separavam a gente de Aparecida, sem falar na subida do Quebra-perna, logo de cara, no início do dia.

5h30 da matina e os peregrinos acordavam. A Ditinha, dona da pousada ainda não tinha acordado. Tudo muito quieto, fomos até a cozinha pra chamar. Ela tinha perdido a hora.
Nosso parceiro Rogério Tadeu teve uma noite de cão. Como ele nos contou pela manhã, acordou 4 vezes durante a madrugada para "conversar" com o vaso sanitário.. uma caganeira daquelas. A cara do bicho não tava muito boa na mesa do café da manhã...

Era um pouco antes das 7h quando partimos com nossas caramanholas de açai congelado da noite anterior. Depois de 4 km e das primeiras subidas paramos na pousada da Dona Inês. Encontramos com os peregrinos do dia anterior saindo também, eles tinham dormido por lá.

Daí começou pra valer o Quebra-perna: subidas infernais e muita pedra. Os 2km iniciais são impossíveis de pedalar. Depois é um misto de empurra-bike com um pedal suado, até atingir os 1700m de altitude. Chega-se então no asfalto, e depois de um pouco mais de subida a estrada começa a descer até a pousada em Campista. Encontramos algumas vacas no meio da estrada, a gente estava rápido e levamos um susto.

Depois da parada na pousada em Campista onde tomamos refrigerantes, pegamos umas descidas geladas por causa do vento na roupa ainda suada. Muitas curvas fortes e então chegamos numa estrada de terra.

Essa estrada que segue para Campos tem uma paisagem diferente do resto da viagem, várias auracárias e um friozinho mesmo em pleno verão, algo em torno de 12 oC. O pessoal todo agasalhado trabalhando pela roça da região.

Já no centro em Campos do Jordão, o Rogério agilizou os carimbos na pousada e paramos em uma lanchonete para "almoçar" alguns lanches. Seguimos então com as setas que são uma trapalhada dentro da cidade. Elas indicam uma boa parte de um caminho na contra-mão, o que não é problema para o peregrino à pé mas arriscado pro peregrino de bicicleta.

Já saindo da cidade, pegamos uma subida moderada de asfalto e então cruzamos com o trem turístico de Campos do Jordão, paramos pra ver. Depois disso descemos pela estrada do Toriba que estava em reforma mas liberada.

Na descida pela rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro encontramos muito vento contra, que não deixava as bikes pegarem muita velocidade.

No caminho pra Pinda aconteceu uma coisa engraçada. O Rogério tinha saído na frente e então o Alex/Leiva acabaram perdendo ele de vista. Os dois começaram então a pedalar forte pra ver se encontravam com ele, mas o Gé parecia ter "desaparecido". Foram vários quilômetros pedalando forte e nenhum sinal do Gé. Eles chegaram a parar duas vezes e perguntar por um ciclista vestido de cinza e tal, mas ninguém sabia informar. Concluíram então que o Rogério tinha errado alguma seta, o melhor era parar em Pinda em esperar pra ver no que dava. Mas quando os dois ainda chegavam na garapa próxima a ponte, lá estava o caboclo sentado, tranquilão. Demos muita risada. O Rogério, como ele mesmo diz, é uma "jamanta sem freio", o bicho veio voando baixo, embalado nas descidas e planos até ali e deixou os outros dois preocupados à toa.
Depois do "gatorade" de garapa e água de côco, pegamos os carimbos na pousada em Pindamonhangaba e seguimos por umas ciclovias e depois na estrada mal acabada que vai até Aparecida.

CHEGAMOS!!!!!!!!! Cruzamos a entrada para o Santuário às 6h15 da tarde. Ainda na subida para o Santuário o Leiva topou com um amigo de São José com a família saindo de lá. Muita coincidência!!
Tiramos as obrigatórias fotos "da chegada". Todo mundo contente por mais uma aventura concluída, mas que infelizmente passou muito rápido!!!

A Renata chegou então de carro pra encontrar o Leiva. De lá eles iam direto pro Rio no dia seguinte.

Entramos para visitar a imagem da santa e agradecer pelo sucesso da viagem, tantos quilômetros percorridos sem nenhum grande problema. Nosso objetivo final estava ali na nossa frente, não simplesmente uma imagem de barro como muitos crêem, mas uma das faces da mãe de Deus. Momento muito especial e difícil explicar pra quem ainda não fez algo do tipo, independente de qualquer credo.

Fomos para a Pousada São Benedito, que é a pousada oficial do caminho, mas ela estava lotada. Conseguimos vagas no hotel ao lado, o Santuário Palace Hotel http://www.santuariopalacehotel.com.br/ , hotel novo e muito bom, com um preço legal.

Depois do banho fomos para um restaurante comer pizza, bater papo e tomar chopp daquelas de torre, afinal, ninguém é de ferro!!!












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