Diários de Bicicleta: 27 de Dezembro de 2014

3o. dia de pedal

Águas da Prata - Andradas - Serra dos Lima - Barra -Crisólia -Ouro Fino -Inconfidentes

Total rodado no dia: 83,4 km
Total acumulado: 304,1 km
Altimetria do dia: 2003m
Altimetria acumulada: 5355m
Tempo pedalado no dia: 7h18min
Tempo pedalado acumulado: 23:00
Velocidade Média do dia: 11,4 km/h
Velocidade Máxima do dia: 51,1 km/h
Track GPS, altimetria e etc disponíveis em: https://www.strava.com/activities/236644980

Tomamos o excelente café por volta das 6h30, mas acabamos saindo no pedal mesmo às 8h, depois de encher as caramanholas com água na bica da praça.

Esse foi mais um dia de muito sol e começamos a subir já com um pouco de calor para o pico do Gavião e logo encontramos com o pessoal de São Carlos, e viemos conversando com eles. Arrumamos então uma carona para a nossa bagagem no carro de apoio deles.

Fizemos uma parada na cachoeira da ponte de pedra e seguimos. Encontramos com uma jararaca pequena na beira da estrada.

Na pousada Pico do Gavião tomamos uns gatorades e antes de descer para Andradas, o Marcelo parou para fazer uma foto e caiu da bike, enchemos o saco dele.

Descemos forte em meio a muita pedra e erosão. Já perto do final da descida furou o pneu do Leiva. O Alex/Leiva trocaram a câmara e acharam um espinho, o Marcelo desceu para avisar o Geraldo.

Depois de uns lanches na padaria em frente à matriz, na saída o Leiva percebeu o pneu furado de novo. Descobrimos então uma bicicletaria, o rapaz além de trocar a câmara, tirou 10 espinhos do pneu com uma pinça!!! A câmera que tinha sido trocada pouco tempo atrás já estava condenada, e parecia uma peneira.

Carimbamos no hotel e pegamos água num mercado.

Já na estrada de terra, numa descida, mais um pneu furado, dessa vez do Tex. Foi um "snake bite" por conta de algum impacto forte com pedra com um pneu não tão cheio. Depois da troca, seguimos com muito calor.

Começaram então as subidas fortes e conhecemos um pessoal de São Paulo, que faziam o caminho pela primeira vez. Na subida mais forte, de asfalto, o Marcelo arreou e ficou parado na bica d' água conversando com a turma.

Na boa sombra no final, paramos para reagrupar e então pedalamos por mais cerca de 5km até a pousada da Natalina.

Chegando lá encontramos bastante gente, além do grupo de São Carlos havia outros peregrinos do Paraná, que faziam o caminho à pé. A Natalina sempre simpática, recebeu a gente muito bem.

O Geraldo já havia almoçado e tava dando seu famoso cochilo. A gente pediu uns pães com ovo e bebemos gatorade. Ficamos todos conversando. Antes de ir embora tomamos um café pra animar.

Até Barra a estrada estava com muita erosão, pior ainda do que das outras vezes. Chegando em Barra, um menino passou pela gente em uma bicicleta e logo à frente assustou um cavalo que quase derrubou o cavaleiro. O cavaleiro tava p.. da vida.

Credencial carimbada na pousada Tio João e depois a subida forte, "não-pedalável" como dizem, e daí já partimos para o empurra-bike sem muita cerimônia.

Paramos na bica da cachoeira, e por lá estava o pessoal de Sanca se refrescando, ficamos conversando com eles. Chegou então o Anderson, do carro de apoio deles, contando da aventura que foi passar pelas erosões com o carro, ele estava meio assustado.

Seguimos para Crisólia num sobe e desce leve por 15km. Ainda conseguimos pegar o mercadinho aberto e pegamos água e chocolate. De lá foram mais 7km fáceis até Ouro Fino, onde tivemos que tirar a foto "obrigatória" no menino da porteira.

Pegamos nossa bagagem com o pessoal de S Carlos que ia dormir por lá. Tínhamos decidido não dormir em Ouro Fino e tocar mais 10km até Inconfidentes, a próxima cidade.

Chegamos já escurecendo e encontramos o Bar do Maurão (onde se carimba a credencial) fechado.

A pousada oficial do Caminho da Fé, e que ficamos na viagem anterior, é bem "fora de mão" pois fica na saída da cidade, longe de restaurantes e tal, depois de perguntar por um lugar ali mesmo na cidade, num posto nos indicaram a Pousada Martinelli, que apesar de não ser oficial, é bem bacana e onde fomos bem recebidos. Guardamos as bicicletas na casa do dono da pousada, do outro lado da rua, e aproveitamos para limpar e lubrificar a relação das magrelas, porque estavam sujas demais.

Depois do banho fomos para a pizzaria "New York", onde comemos salada e pizzas. O restaurante é muito bom, um verdadeiro "achado" para uma cidade pequena como é Inconfidentes.

Ao final sobraram 2 pedaços que o Geraldo levou. Segundo ele, isso seria o seu "café da manhã", ele estava decidido a sair mais cedo, por volta das 4h30.

Depois da pizza ainda sobrou tempo passamos ainda em uma sorveteria e então fomos para a pousada descansar, pois o dia seguinte a gente sabia que seria penoso.