29 de Dezembro de 2015

5o. dia

Consolação - Paraisópolis - São Bento do Sapucaí - Campista - Campos do Jordão - Pindamonhangaba

Total rodado no dia: 117,2km
Total acumulado:   497,7km
Altimetria do dia: 3036m
Altimetria acumulada: 11296m
Tempo pedalado no dia: 10h55
Tempo pedalado acumulado: 51h11
Velocidade Média do dia: 15,6km/h
Velocidade Máxima do dia: 55,4km/h

Track GPS, altimetria e etc disponível em: https://www.strava.com/activities/458953778

Nos encontramos às 6h00 para o fraco café-da-manhã na pousada e com uma chuva fina que tinha caído por toda a madrugada e que ainda nos aguardava lá fora.

Peregrino que conhecemos na Pousada da Dna Elza


O Marcelo mancava bastante e protegeu o curativo para não molhar, improvisando uma espécie de polaina com um pedaço de sacola plástica, esparadrapo e uns elásticos.

Nos aprontamos e ficamos debaixo do beiral da pousada esperando o Marcelo se aprontar e também arrumarmos coragem para enfrentar a garoa. Mesmo com capas, sair com o corpo frio debaixo de chuva não é uma tarefa fácil.  Tínhamos já acertado de seguir pelo asfalto por causa da chuva que caía sem parar desde o dia anterior.

Rodamos então cerca de 18kms até Paraisópolis, num sobe-e-desce. A gente sentia frio nas descidas por causa do vento e sentia calor nas subidas por conta do esforço. A capa de chuva atrapalhava na subida e fazia falta nas descidas.



Já em Paraisópolis, o Leiva e o Beto foram até a pousada da Praça para pegar os carimbos. A Jandira, que é dona da pousada recebeu o Beto com festa e ficou enchendo o saco dele. Ofereceu pra eles café e bolo que estava ainda na mesa de café-da-manhã dos hóspedes, claro que não recusaram:O)

 
Enquanto isso na padoca o Marcelo encontrou com uma amiga de São Paulo, que sabia que ele passaria por lá. Tomamos gatorades e tal. A chuva não dava trégua e então conversamos e resolvemos abortar o trecho do Caminho da Fé que segue por terra para Luminosa e depois para Campista. Decidimos fazer por asfalto até São Bento do Sapucaí e de lá seguir para Campista via estrada do Paiol Grande.

Na praça de Paraisópolis


À Caminho de São Bento do Sapucaí






Nos informamos e seguimos até São Bento, onde fizemos outra parada para comermos, pois a subida seria brava: subiríamos cerca de 1000m até Campista. Saímos da lanchonete sem chuva em direção ao Paiol Grande com a Pedra do Baú na nossa direita, que estava bem encoberta por um nevoeiro pesado.







Pedra do Baú ao fundo






Logo voltou a nossa amiga chuva. Subimos bastante até Campista, no total foram 1000m de ascensão, ziguezagueando serra acima debaixo de muita chuva e um frio que aumentava na medida que subíamos. A subida é MUITO forte, a sorte é que é asfaltada.

Cachoeira




E como tudo que sobe tem que descer, descemos um bom tanto até a pousada Barão Montês, tremendo de frio mesmo com as capas. Na entrada da pousada um termômetro indicava 10oC!! Lembrando que estávamos no final de dezembro!! Dentro estava bem aconchegante, portas fechadas e o fogão à lenha aceso. 

Alguns poucos turistas estavam por lá para o almoço. Conhecemos um ciclista que havia acabado de fazer Rio Claro até Aparecida por asfalto de speed e estava agora passeando de carro pela região.

Vimos lá uma cena curiosa, um tico-tico, que segundo uma funcionária da pousada é "de casa", comia farofa no balcão onde estava sendo servido o almoço.

Nossa parada não demorou muito, apesar da vontade grande de ficar por lá mesmo :O), tirar a roupa molhada e tal. Não comemos nada, só tomamos um café para esquentar.


"tico-tico no fubá"




10oC fora da pousada


Carimbamos e partimos encarando o vento gelado e a chuva. Fomos pelo asfalto até Campos do Jordão. Descemos uns 400m em altitude batendo os dentes apesar de usar os anoraks. Subimos depois cerca de 300m. Furou o pneu traseiro do Marcelo na final da subida, consertamos embaixo da cobertura de um ponto de ônibus. 

Prmeiro pneu furado do Marcelo


Depois de mais uma descida gelada chegamos em Campos do Jordão. Combinamos de fazer uma parada rápida para gatorade e água e tocar para Pindamonhangaba. Qualquer idéia de descer pela Estrada de Pedrinhas embaixo de chuva seria insanidade. Desceríamos pelo caminho oficial, por asfalto.

O Beto e o Leiva subiram até a pousada do Edson para carimbar. Depois da parada rápida no posto, seguimos com muito trânsito saindo de Campos do Jordão. Paramos no mirante Vista chinesa um pouco depois do portal, tempo perdido pois não dava para ver nada por conta de um nevoeiro. 

Descemos então a Floriano Rodrigues Pinheiro por cerca de 25 minutos, e ainda chovia fraco. Atravessamos o túnel que passava por obras do DERSA, foi um pouco tenso pois logo depois dele a pista afunilava. Felizmente o movimento na rodovia estava relativamente tranqüilo.

Nos reagrupamos na rotatória no final da descida e seguimos para Pindamonhangaba com algumas subidas leves e trechos planos. Neste trecho o pneu dianteiro do Marcelo furou com um caco de vidro. Enchemos bastante o saco dele pois o pneu que ele viajava já tinha passado da hora de trocar. Estava bem gasto e ressecado.

Segundo pneu furado do Marcelo


O frio havia passado por completo, estava bem mais quente e só uma uma garoa bem fina persistia.
Cruzamos por um trilho de trem ao final de uma descida, e nessa hora o Leiva quase caiu. O Caio que vinha atrás desequilibrou e caiu e cortou a mão, felizmente nada muito sério.

Logo na entrada de Pinda paramos pois furou um pneu da bike do Leo. Enquanto ele e o Caio consertavam, o Beto furou o pneu dele quando encostou sua magrela numa cerca para esperar. Mas por ser pneu tubeless, deu uma girada na roda e resolveu o problema.

Nos hospedamos no Hotel Brasil e jantamos no restaurante Minuano,ambas indicações do Beto que tinha estado por lá em Novembro. O restaurante estava com um bom buffet e um preço legal. Antes de voltar para o hotel ainda passamos em uma sorveteria.


Restavam agora apenas 30km de asfalto plano até o santuário para completarmos nossa jornada.






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