25 de Dezembro de 2008

1o. dia de pedal
SP: São Carlos – Descalvado – Porto Ferreira – S. Rita Passa Quatro - Tambaú

Total rodado no dia: 114,25 km
Total acumulado: 114,25 km
Tempo pedalado no dia: 8h05min
Tempo pedalado acumulado: 8h05min
Velocidade Média do dia: 10,6 km/h
Velocidade Máxima do dia: 57,8 km/h

Todo mundo ansioso para o início da jornada. O Marcelo, Eduardo e o Tadeu tinham combinado de se encontrar na casa do Alex às 7h15. Ele estava um pouco atrasado e acabaram saindo de lá por volta das 7h45. Apesar do pequeno atraso deu tudo certo e encontramos o Spin na frente do Hotel Acaccio às 8h00 conforme combinado. Caía uma garoa bem fina e nada nos dava a esperança que a gente poderia ter um pouco de sol durante aquele dia. Durante a madrugada havia chovido MUITO. Mesmo se a chuva parasse nessa hora, com certeza o que nos esperava daqui pra frente era muita LAMA.
Pegamos as credenciais na recepção do hotel Acaccio. O pessoal de lá ainda não estava acostumado a emitir credenciais (pra se ter uma idéia, nossa numeração, que é sequencial, foi vigésimos e tanto). O Eduardo foi o último a pegar a credencial e o pessoal "gente fina" deixou o nº SC00024 pra ele, só de sacanagem.
Tiramos fotos na frente do Acaccio, descemos 2 quarteirões na contra-mão mesmo até a catedral pra tirar a foto "oficial" da saída da trupe. Seguimos por dentro de São Carlos, seguindo as recém-pintadas setas amarelas. Chegamos então na estrada de terra rumando para a igreja da Babilônia. Encontramos um primeiro lamaçal. Era preciso pedalar com cuidado pra não levar chão.
O Leiva foi ficando pra trás e tava fazendo um esforço danado, foi quando o Tadeu percebeu que o pneu dele tava muito murcho. Era o primeiro pneu furado da viagem. Não tínhamos pedalado nem 20km!! O Tex, "experiente" no assunto trocou a câmera do Leiva com ajuda do Spin.
Seguimos e logo encontramos um segundo lamaçal sobre uma ponte, onde o Marcelo atolou. O Alex achando graça atolou também e levou um tombo besta. O Spin passando pelo lado "ruim" não atolou, mas, por pouco, não caiu dentro do riozinho. Chegamos na Babilônia onde tiramos um pouco a lama das transmissões e seguimos viagem.
Com um terreno relativamente tranquilo, com subidas e descidas leves, rumamos para Descalvado. Nesse trecho tivemos o 2o. pneu furado, o do Tadeu. Fomos pedalando num ritmo bom, ajudados pelo relevo. Alguns kilômetros antes de chegarmos em Descalvado a bicicleta do Tadeu começou a fazer um barulho estranho, que parecia o de uma campainha. Ele e o Leiva pararam para olhar e descobriram que um dos parafusos do bagageiro tinha se perdido. Pra ajudar, logo depois o bagageiro do Leiva começou a balançar e ficar instável. Estava se soltando. De qualquer forma, como dava pra seguir a viagem, resolvemos tentar resolver tudo em Descalvado.
Chegamos então em Descalvado, completando uns 45km de pedal e fomos direto para o hotel carimbar as credenciais. O Spin tinha um parafuso sobressalente e resolveu o problema do bagageiro do Tadeu.
Seguimos para a padaria indicada pelo hotel, a "Modelo". Onde o Marcelo foi agilizando uns mistos e o resto da trupe foi "diagnosticar" o bagageiro do Leiva. A coisa estava feia... O sistema de fixação do bagageiro é uma grande m... . A sorte é que o Sr. Gambiarra ( Tex ) fazia parte da trupe e com uma camera de ar furada e uma tie-rap deu um jeito no problema. Essa gambiarra duraria todos os dias da viagem, resolveu muito bem. Como o Alex disse: uma gambiarra ou funciona ou não funciona (muito filosófico da parte dele, risos).
Saímos de Descalvado e pegamos a estrada de terra novamente. Aqui encontramos muitas poças. Uma senhora que vinha na garupa de uma moto no sentido oposto gritou pra gente: "Vocês vão precisar de um barco pra atravessar ali na frente". A gente não sabia se dava risada ou se levava a sério. Bom, a verdade é que encontramos umas poças bem grandes mesmo.
Chegamos em Porto Ferreira, onde paramos no Hotel Cheffer para carimbar nossas credenciais. Estava tudo fechado. Nenhum aviso, nada. Seguimos sem o carimbo de lá. Fizemos uma rápida parada em um posto para um Gatorade e seguimos para Santa Rita do Passa Quatro. Pedalamos neste trecho margeando um grande laranjal. Encontramos uma boa subida onde somente o Alex e o Spin pedalaram. O resto foi praticando o famoso "empurra-bike". Já na entrada de Santa Rita acabamos errando o caminho. As setas sumiram! Tínhamos pego uma outra entrada da cidade. Mas resolvemos seguir por ela mesmo. Nessa hora o sol apareceu. O Leiva parou pra passar protetor e o resto da turma ficou enchendo o saco dele. Encontramos a pousada da Colina pra carimbar nossas credenciais e tirar uma foto com todos juntos.
Aqui olhamos o nosso planejamento do dia, que era chegar até Tambaú. Conversamos e decidimos, apesar do cansaço, mantermos a meta de pousar em Tambaú. Achamos uma loja de conveniencia de um posto, onde comemos uns salgados e tomamos uns Gatorades. Impressionante era o frio dentro da loja. Parecia uma filial do pólo-norte!!
Seguindo para Tambaú pegamos várias subidas e descidas por terra e depois pegamos um trecho de asfalto, com uma grande subida seguida por uma grande descida. Chegando em Tambaú acabamos perdendo as setas, mas de qualquer forma chegamos sem problemas ao centro da cidade, na igreja principal onde ao lado fica o hotel Tarzan. O Hotel, que é credenciado pelo Caminho da Fé, estava fechado. Nos indicaram um outro hotel próximo, o "Eliana". O Tadeu negociou nossa estadia ($28,00 por cabeça) dividos em dois quartos. Fomos então bater uma água nas bikes enquanto o Alex resolveu agilizar indo tomar banho pra depois procurar algum lugar pra gente jantar. O resto da trupe se aprontou e lavou as roupas no banheiro mesmo e usou os próprios quartos como varal. A secagem foi acelerada pelos ventiladores dos quartos. Vale citar que este hotel é bem precário. Pra se ter uma idéia, alguns jornais na sala de recepção faziam o papel de um tapete (!!).
O Tex confirmou o que a gente já temia: estava tudo fechado na cidade, até mesmo as padarias. Perguntando ele descobriu a loja de conveniencia de um posto aberta. Já no posto, que estava bem cheio, pedimos uns lanches e salgados e ficamos esperando uma mesa desocupar. Tomamos algumas cervejas e ficamos conversando e dando risada, lembrando das aventuras do dia. De volta ao nosso "requintado" hotel, o Alex ficou vendo o especial de fim-de-ano do Roberto Carlos (tsc, tsc) antes de dormir.
Capotamos.


Retirada das credenciais no Hotel Acaccio em São Carlos.


Trupe reunida. Da esquerda para a direita: Tadeu, Marcelo, Leiva, Alex e Spin.


Foto oficial da nossa saída em frente à Catedral de São Carlos.




Primeiro pneu furado da viagem. Na foto, o Tex (Zé Borracheiro) e seu ajudante Spin em ação.


Igreja de Aparecida da Babilônia em São Carlos.




"Sebo nas canelas".


Parada pro carimbo em frente ao Hotel em Descalvado.


Hotel fechado em Porto Ferreira!! Sem carimbos...


Hotel em Santa Rita do Passa Quatro.


Pit-stop em Santa Rita antes de partir pra Tambaú.





Nenhum comentário:

Postar um comentário